Setor madeireiro
A atividade madeireira foi uma das mais importantes geradoras de renda e trabalho na região do Alto Solimões. Após a grande apreensão de madeira, de origem ilegal, gerou crise que levou a falência de várias empresas madeireiras reduzindo drasticamente os postos de trabalho oferecidos por este setor.
Apesar da existência de potencialidade madeireira, atualmente, não há empreendimentos e indústrias de relevância nesta região. De acordo com levantamentos realizados pelo IPAAM, existem cerca de 40 pequenas serrarias e movelarias, na maioria, localizadas nas sedes municipais. Grande parte da matéria-prima que abastece estas indústrias é de origem ilegal, sendo a metade provida de terceiros, extraída de forma tradicional, sem emprego de máquinas, principalmente nos ecossistemas de várzeas (Anexo 02 ). Numa tentativa de organização do setor foi recentemente constituída a AMRAS – Associação dos madeireiros e Reflorestadores do Alto Solimões.
As serrarias existentes na região apresentam a produção média anual de 1.000 a 2.500 m3 de madeira serrada, sendo 95% destinada à demanda local para construção de casas. Estas serrarias não estão licenciadas ambientalmente, e a maioria encontra-se irregular junto a Receita Federal, INSS e Secretaria de Fazenda. A direção dos empreendimentos, geralmente, é realizada pelos proprietários e seus familiares, que possuem formação escolar de nível médio a fundamental, não assinam carteira de seus funcionários e não oferecem nenhum tipo de treinamento. A vida útil das máquinas já está ultrapassada, e o setor não permite a fabricação de produtos demandados por mercados mais exigentes. A fonte geradora de energia também é um fator limitante, pois além de ser cara, o fornecimento é irregular.
Em Islândia no Peru, fronteira a montante do rio Solimões, a indústria apresenta a produção acima de 10.000 m3/ano. Os maquinários são relativamente novos, a mão-de-obra é qualificada e produzem molduras de alta qualidade sendo exportadas para outros países como México e Estados Unidos. Em Tefé, logo a jusante da região enfocada, a única serraria existente processa mais de 25.000 m3/ano, onde parte do produto é escoada para Manaus.
O setor moveleiro emprega número maior de pessoas na região que as serrarias, porém 85% sequer possuem personalidade jurídica constituída. As movelarias não possuem secadores solares para conseguir melhor acabamento e consequentemente conquistar mercados mais dinâmicos e exigentes. Praticamente toda a produção (95%) é realizada sob encomenda para atendimento local e não se preocupam com mostruário e design.
Atualmente, no município de Tonantins, os recursos madeireiros são utilizados também para reforma e construção de embarcações. Possui um estaleiro para atendimento regional e segundo informações das oficinas participativas, a região do Alto Solimões é privilegiada pela existência de espécies ótimas para carpintaria naval, tais como: cauixi, puxuri, itaúba, freijó, marupá, louro, angelim.
A dificuldade de se realizar plano de manejo florestal é a falta de capital, aliada à questão da titularidade de terras e ao desconhecimento de procedimentos a legalização. Na região, foram detectados apenas quatro planos de manejo florestal (2 em Atalaia do Norte, 1 em São Paulo de Olivença e 1 em Santo Antônio do Içá), perfazendo uma área total de 11.290 ha. E, nas terras indígenas, que correspondem 70% da área total, não existe nenhum tipo de plano de manejo. Apesar das dificuldades enfrentadas, existem iniciativas cerca de 21 planos de manejo florestal em processo de avaliação junto ao IBAMA. A tendência ao longo prazo é de aumento do número de planos, e consequentemente da oferta do volume de madeiras provindas de exploração legalizada.
Não há grandes áreas antropizadas na região, os impactos ambientais que atualmente ocorrem são devido à exploração seletiva de madeira que acarreta escassez de algumas espécies florestais comerciais e empobrecimento gradativo do potencial genético; os possíveis assoreamentos na região de várzea também decorrentes desta atividade; e, além da poluição de água ocasionada pelos resíduos (serragem) despejados nos rios juntamente com o lixo doméstico e águas servidas.
A atividade madeireira foi uma das mais importantes geradoras de renda e trabalho na região do Alto Solimões. Após a grande apreensão de madeira, de origem ilegal, gerou crise que levou a falência de várias empresas madeireiras reduzindo drasticamente os postos de trabalho oferecidos por este setor.
Apesar da existência de potencialidade madeireira, atualmente, não há empreendimentos e indústrias de relevância nesta região. De acordo com levantamentos realizados pelo IPAAM, existem cerca de 40 pequenas serrarias e movelarias, na maioria, localizadas nas sedes municipais. Grande parte da matéria-prima que abastece estas indústrias é de origem ilegal, sendo a metade provida de terceiros, extraída de forma tradicional, sem emprego de máquinas, principalmente nos ecossistemas de várzeas (Anexo 02 ). Numa tentativa de organização do setor foi recentemente constituída a AMRAS – Associação dos madeireiros e Reflorestadores do Alto Solimões.
As serrarias existentes na região apresentam a produção média anual de 1.000 a 2.500 m3 de madeira serrada, sendo 95% destinada à demanda local para construção de casas. Estas serrarias não estão licenciadas ambientalmente, e a maioria encontra-se irregular junto a Receita Federal, INSS e Secretaria de Fazenda. A direção dos empreendimentos, geralmente, é realizada pelos proprietários e seus familiares, que possuem formação escolar de nível médio a fundamental, não assinam carteira de seus funcionários e não oferecem nenhum tipo de treinamento. A vida útil das máquinas já está ultrapassada, e o setor não permite a fabricação de produtos demandados por mercados mais exigentes. A fonte geradora de energia também é um fator limitante, pois além de ser cara, o fornecimento é irregular.
Em Islândia no Peru, fronteira a montante do rio Solimões, a indústria apresenta a produção acima de 10.000 m3/ano. Os maquinários são relativamente novos, a mão-de-obra é qualificada e produzem molduras de alta qualidade sendo exportadas para outros países como México e Estados Unidos. Em Tefé, logo a jusante da região enfocada, a única serraria existente processa mais de 25.000 m3/ano, onde parte do produto é escoada para Manaus.
O setor moveleiro emprega número maior de pessoas na região que as serrarias, porém 85% sequer possuem personalidade jurídica constituída. As movelarias não possuem secadores solares para conseguir melhor acabamento e consequentemente conquistar mercados mais dinâmicos e exigentes. Praticamente toda a produção (95%) é realizada sob encomenda para atendimento local e não se preocupam com mostruário e design.
Atualmente, no município de Tonantins, os recursos madeireiros são utilizados também para reforma e construção de embarcações. Possui um estaleiro para atendimento regional e segundo informações das oficinas participativas, a região do Alto Solimões é privilegiada pela existência de espécies ótimas para carpintaria naval, tais como: cauixi, puxuri, itaúba, freijó, marupá, louro, angelim.
A dificuldade de se realizar plano de manejo florestal é a falta de capital, aliada à questão da titularidade de terras e ao desconhecimento de procedimentos a legalização. Na região, foram detectados apenas quatro planos de manejo florestal (2 em Atalaia do Norte, 1 em São Paulo de Olivença e 1 em Santo Antônio do Içá), perfazendo uma área total de 11.290 ha. E, nas terras indígenas, que correspondem 70% da área total, não existe nenhum tipo de plano de manejo. Apesar das dificuldades enfrentadas, existem iniciativas cerca de 21 planos de manejo florestal em processo de avaliação junto ao IBAMA. A tendência ao longo prazo é de aumento do número de planos, e consequentemente da oferta do volume de madeiras provindas de exploração legalizada.
Não há grandes áreas antropizadas na região, os impactos ambientais que atualmente ocorrem são devido à exploração seletiva de madeira que acarreta escassez de algumas espécies florestais comerciais e empobrecimento gradativo do potencial genético; os possíveis assoreamentos na região de várzea também decorrentes desta atividade; e, além da poluição de água ocasionada pelos resíduos (serragem) despejados nos rios juntamente com o lixo doméstico e águas servidas.