terça-feira, 21 de agosto de 2007

Agricultura Familiar

A agricultura desenvolvida na região do Alto Solimões é basicamente de subsistência. É praticada em terra firme, nas zonas rurais próximas às sedes municipais. Em menor escala, apesar do potencial regional, a agricultura também se desenvolve nas áreas de várzea.
As culturas de maior importância para a região são: mandioca (Manihot esculenta), banana (Musa sp.), abacaxi (Ananas comosus, L., Merril), melancia (Citrullus vulgaris), milho(Zea mays, L.) e feijão (Vigna sinensis). A produção não é suficiente para atender a demanda local, exigindo a importação desses produtos de outros estados como o Acre e de países próximos da fronteira como Letícia na Colômbia e comunidades peruanas. Somente o excedente é comercializado em feiras e mercados locais.
Com a implantação da fábrica de ração no município de Benjamin Constant, há uma forte tendência para o aumento de culturas temporárias, em especial a produção da mandioca e do milho, que são consideradas como matéria-prima fundamental para fabricação da ração. Além disso, tende a aumentar a criação de animais de pequeno porte. O ProVárzea e a ARCOSOL (Agência Regional de Comercialização do Alto Solimões) também desejam investir (fomento) na produção da agricultura familiar da região.
A várzea abrange uma grande extensão territorial (vide Anexo 02). Apresenta alta fertilidade natural dos solos, o que facilita a produção de culturas temporárias, evitando a utilização de mecanização e outros instrumentos que possam causar grandes impactos ambientais.
Em geral, a mão-de-obra familiar trabalha de forma rudimentar, com pouca tecnologia. Apesar da presença do IDAM, que conta com somente dois (02) extensionistas na região, foi observado que há ausência de uma política agrícola integrada devido a incompatibilidade do período de concessão do crédito com o plantio e a falta de uma assistência técnica permanente, gerando uma aversão às atuais linhas de crédito por parte dos agricultores rurais.
Outro fator que influencia no desenvolvimento do setor agrícola está relacionado a titularidade de terras visto que a maioria dos agricultores não possui título de posse de suas terras, impedindo-o de obter benefícios junto aos órgãos fomentadores e de assistência ao trabalhador rural.